sábado, 1 de setembro de 2012

A MORTE


Abordar este tema é falar de algo concreto, real, mas que ainda é tabu! Aliás, a morte é um dos grandes medos humano. Talvez o maior deles. É um monstro que ainda apavora a muitos. Considerado assunto chato e triste demais para ser comentado, sendo melhor esquecer por enquanto, para não atraí-lo, pelo menos por enquanto! Ou seja, até que a morte bata em nossa porta.
Temos uma tendência a achar que isso só acontece ao outro e “esquecemos” de nos incluir e aos nossos entes queridos, até que um dia “perdemos” alguém que amamos, nos encontramos doente ou em alguma situação que nos ameace a vida. Então, nestes momentos, somos obrigados a acordar e encarar o grande monstro, muitas vezes representado em filmes de terror, por uma figura macabra, vestida de preto, com uma foice na mão, chamado de o CEIFADOR ou DONA MORTE.
Mediante nosso luto, ou eminência da nossa própria morte, recorremos a nossa bagagem interior, nossas crenças e visões de mundo, para poder enfrentar esse inimigo e atenuar a dor profunda que ele nos traz.
Fico pensando: se morrer é tão óbvio e inevitável porque não nos educamos para isso? Porque não desmistificar ou procurar compreender o seu significado? Somos educados ao longo da nossa existência para uma infinidade de coisas, situações e assuntos, mas, não para este tema em especial, que faz parte do nosso ciclo vital, pois, nascemos, crescemos nos desenvolvemos, nos multiplicamos e morremos.
No entanto, a sabedoria divina nos presenteia, deixando que a própria morte nos ensine e acorde! Permitindo assim, que na vivência do luto, possamos aprender e despertar. E em profunda dor e silencio, durante este processo, somos obrigados a um mergulho profundo em nosso próprio ser! Olhamos agora para o que realmente somos! Buscando respostas nos encontramos, querendo amenizar nossa dor, aprendemos a amar. Deste movimento para dentro, nos enfrentamos, nos autoconhecemos, reaprendemos a viver, avaliamos valores, crenças, paradigmas que foram construídos ao longo de nossa existência ou que nos foram ensinados como verdades únicas, absolutas. Então nos agarramos a eles para sobreviver, ou mesmo rompemos com todos eles para evoluir, amadurecer. E esse movimento nos fortalece, nos transforma, rasga o casulo que nos aprisiona e nos coloca asas para voar.
Dizem que só existem dois instrumentos capazes de nos lapidar: O AMOR E A DOR, e ambos estão presentes no luto e na dinâmica entre nascer e morrer.
A vida é o resultado de nossas escolhas, então porque não buscar conhecimentos que nos fortaleçam,esclareçam, nos preparem para esse momento? Não importa qual a sua crença, mas o que ela te oferece, se dar subsídios para vivenciar a sua perda com lucidez e consciência, se consola. Agarre-se então a ela, lute, procure! Com certeza irá encontrar respostas. Elas sempre chegam para quem busca com o coração.
O nosso planeta está convergindo, para uma verdade: a necessidade e importância da espiritualidade para nossa integridade, saúde e bem-estar e principalmente para nossa evolução. Então vamos investir na nossa espiritualidade, caminho que nos leva a perceber que a morte é uma grande ilusão! Esse grande monstro é apenas uma sombra deformada pela falta de luz! Não fiquemos mais no escuro! Acedamos à luz do conhecimento, com liberdade, sem limites, sem preconceitos, para que cheguem as informações de todas as direções, depois é só filtrar! E o que te for necessário aprender com certeza ficará. E se estiver aberto, receptivo, humilde, poderá até sentir a presença divina no luto, na morte, na dor! Sentirá a mão divina te conduzindo, consolando, esclarecendo. O amor divino está sempre conosco, somos centelha do criador!
Através dos lutos que vivi, descobri que a morte, essa grande mentira, já não me amedronta, me atrevo até a chama-la de “velha conhecida”, que vez por outra me visita, mas sempre em trajes diferentes, me deixando todas às vezes algum presente: algo novo! Algo que aprendo. Descobri novas formas de amar e de ajudar. Desloquei-me do meu umbigo para olhar a minha volta, para enxergar e ouvir o outro. Ganhei ferramentas que me habilitaram para essa escolha que fiz em servir. Foram: a doutrina espírita, o Reiki e outras mais.
Neste momento presente, a morte veio novamente nos visitar, porém, não me deixo amedrontar. Já compreendo esse processo: sei que a vida é uma reta infinita, na direção de suas extremidades, pois não começa no nascimento e não termina na morte! Ao contrário, é um portal sempre aberto, que nos transporta a dimensões...
É o impulso que gira a roda de sansara, nos oportunizando os resgates. É a misericórdia divina, que nos abençoa com a eternidade, nos possibilitando ir e vir para só assim evoluir. Por isso a morte pode ser divina e tão bela! Não tenhamos medo. O medo vem da ignorância, do desconhecimento.
Minha avó retornou. Deixando saudades e grandes ensinamentos. Vive em nós para sempre, os laços são fortes, são eternos. Um dia o reencontro acontece! Tenho certeza.
Choro apenas minha saudade... Mais uma!
Choro a falta de teu cheiro, único e especial, cheiro de Vó!
Mas agradeço em silêncio e preces, por ter tido a honra de tê-la conosco, nesta existência.
Aguardo com paciência nosso reencontro, mais um pedaço do meu ser que se foi!
Por enquanto, trabalho, oro e agradeço...
Sempre atenta aos novos presentes, às novas descobertas que farei, pois como já afirmei: A MORTE NOS TIRA, MAS, NOS PREENCHE TAMBÉM!

Eliane Serpa
Em, 31/08/2012







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