quarta-feira, 16 de maio de 2012

Vícios...



Recentemente, participei de um fórum (em um espaço virtual), sobre os malefícios do cigarro, tendo a oportunidade de aprender a respeito dos danos que o tabagismo causa no fumante e no ambiente a sua volta, trocando idéias com colegas do curso de Terapia Ocupacional, pois o citado fórum faz parte do nosso aprendizado na disciplina de Fisiologia Humana, ministrada de forma dinâmica e encantadora pela professora Fabíola, a quem tenho grande admiração.
Este fórum me levou a refletir o quanto temos dificuldades em nos libertar de um vício e quantos aspectos estão envolvidos nesta ocupação, pois mesmo tendo consciência dos danos oriundos da nossa permanência e inércia neste “hábito”, muitas vezes não compreendemos o que nos impede de larga-lo, qual é a dificuldade?
            Aprendi, em um curso que fiz sobre o poder criador da mente, que não devemos nos focar no que não queremos, pois ao fazer isso estamos enviando mais energias nesta direção e nos fixando ainda mais, portanto o olhar é para o alvo a ser atingido.
            Yogananda tem um texto excelente sobre isso, que se chama “Criar Bons Hábitos e Destruir Maus Hábitos”, onde ele diz: “A repetição de um ato cria uma configuração mental. Todas as ações são executadas mental e fisicamente. A repetição de um ato em particular e da imagem mental que o acompanha forma sutis caminhos elétricos no cérebro físico, como se fossem as ranhuras de um disco fonográfico. Após algum tempo, sempre que você puser a agulha da atenção nessas ranhuras de caminhos elétricos, ela toca o disco da configuração mental original. Cada vez que o ato se repete, essas ranhuras de trajetos elétricos se aprofundam, até que uma atenção mínima faz tocar, automaticamente, esse mesmo ato, cada vez mais.Esses padrões fazem com que você se comporte de certo modo, frequentemente contra seu próprio desejo. Sua vida segue ranhuras que você mesmo criou em seu cérebro. Nesse sentido, você não é uma pessoa livre. Em maior ou menor grau, é vítima dos hábitos que formou. Dependendo da profundidade desse traçados, você é, na mesma proporção, um fantoche. Você pode, porém, neutralizar as imposições desses maus hábitos. Como ? Criando em seu cérebro configurações mentais de bons hábitos opostos. E pode também apagar completamente, por meio da meditação, as ranhuras dos maus hábitos.Você tem de curar-se dos maus hábitos, cauterizando-os com os bons hábitos opostos. Se tem, por exemplo, o mau hábito de mentir e, por causa disso, tem perdido muitos amigos, comece a praticar o bom hábito de dizer a verdade. Mesmo um mau hábito leva tempo para predominar, logo, por que se impacientar com o desenvolvimento vagoroso de bom hábito oposto? Não se desespere com os seus hábitos indesejáveis; simplesmente deixe de alimentá-los e fortalecê-los por meio da repetição.”
           O que Yogananda nos sugere não é algo impossível, mas que exige persistência, paciência, disciplina, repetição, força de vontade, como tudo na vida. A vida é feita de erros e acertos, de tentativas, de buscas, de renuncias, mas também de escolhas, pois temos o livre arbítrio. E através delas, as escolhas, construímos nosso “céu” ou “inferno”. Cabe-nos, então, lutar todos os dias, sem culpas, para sermos sempre melhores que ontem, dando um passo de cada vez, nos auto - perdoando, tendo paciência com nossas recaídas, compreendendo o processo, que às vezes é doloroso. Para que assim brilhe a nossa luz.
          Lembremos sempre que nosso corpo é um templo sagrado, pois nele habita a essência divina, somos parte do criador, então mesmo diante dos vícios,  ainda assim somos puros e temos o poder de mudar o rumo da nossa vida. Toda força está em nós,dentro de nós. É só querer, acreditar, lutar e práticar, muitas e muitas vezes, que o sucesso chega, que o alvo é atingido. Eu desejei e esperei 20 anos para voltar a Universidade e concluir uma graduação. Cheguei muitas vezes bem próximo, fiquei muito tempo no "quase", mas nunca desisti e quando consegui, pude compreender que tudo aconteceu como deveria ser, no momento certo e  adquado, para que houvesse crescimento, evolução, despertar, entendimento. Nada é por acaso. Então sejamos sempre gratos, até pelas nossas dificuldades e limitação, que nos impulsionam a distâncias maiores. Todo acontecimento é parte de uma teia, é um fio do mesmo novelo de lã, que vamos ora dessenrolando, ora enrrolando.






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